Faz meses que estou ensaiando assistir “Whatever Works” do Woody Allen (para mim o título é a melhor coisa do filme e intraduzível). Primeiro na Mostra, depois em DVD, mas daí preferi esperar para ver no cinema, e hoje finalmente assisti. (Offtopic, para quem gosta de ir ao Reserva Cultural, descobri os melhores assentos de todos os tempos(!), cadeiras F3 e F4. :-))
Antes de falar do filme, queria comentar a predisposição do público para rir aos berros de tudo quanto é piada. Sim, o filme tem momentos muito engraçados, mas fiquei com a sensação de que existe um movimento “mesmo que eu não entenda direito a piada, preciso rir de tudo que o Woody Allen faz porque é cool”. Por exemplo, o cinema teve um ataque de riso coletivo quando o pai da Melody, a protagonista, está prestes a descobrir que é gay (sorry for the spoiler, guys) e comenta que Deus fez o mundo tão perfeito, ou algo do gênero, e o seu futuro marido diz “God is a Decorator”. Como diria o próprio Boris Yellnikoff, “what a cliché”.
Mas em geral achei a idéia muito boa; o filme bom, mas não maravilhoso. Falta um pouco de sincronia entre as personagens, e aquela cadência característica do Woody Allen. Senti também falta de uma trilha sonora melhor, o que beira o inconcebível neste caso. O Larry David é idiossincraticamente o Larry David e fica difícil não pensar nele em “Curb your Enthusiasm”. Acho que próprio Woody teria ficado melhor no papel (hello, Soon Yi...). As mulheres são o ponto alto do filme, em especial a Patricia Clarkson, mãe da Melody. E é claro que não seria um Woody Allen em Nova Iorque se não tivesse uma psychic.
:-)
Laura
Acho que acontece com qualquer comédia no cinema. Cansei de me decepcionar quando um vejo em casa um filme que me deixou sem ar de tanto rir no cinema. Deve ter algo de contagioso na risada.
ResponderExcluirAgora, o velho manco rabugento sociopata megalomaníaco neurótico prêmio nobel wannabe que ofende criancinhas e não tem capacidade nem pra se matar meio que define quase todo mundo que eu conheço.