Muito bacana e bem montada a exposição sobre o Flávio de Carvalho no MAM. O que mais me impressionou não foram as obras, mas sim como ele conseguiu ir da pintura à moda, passando pela arquitetura, cinema, teatro, literatura com dedicação, inovação e consistência (você não precisa gostar, mas seu trabalho é inegavelmente de qualidade). Flávio de Carvalho se interessou por etnografia, psicanálise, filosofia e evolução, e esta curiosidade fica evidente em sua obra.
Só senti falta dos desenhos em ladrilho hidráulico que tanto adoro, hoje talvez um pouco batidos, mas que ainda podem ser vistos no chão das casas da al. Lorena, por ele projetadas em 1936 (é uma pena, mas a parte externa das casas perdeu muito da arquitetura original).
Além da retrospectiva, uma mostra menor (em tamanho) (fotos), também no MAM, interpreta “A cidade do homem nu”, artigo publicado em 1930 em que Flávio de Carvalho fala de uma utópica cidade do futuro, “sem tabus escolásticos”, “livre para raciocinar e pensar”, “para começar um contínuo e irrefreável processo de curiosidade, mudança e transformação pessoal”. #Vambora? :-)
Flávio de Carvalho, New Look 2 peças, 1956
Laura
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