Quando o meu filho terminar o colégio espero que ele tenha suficiente discernimento para ignorar o vestibular. Conheço pouquíssimas pessoas que sabem o que querem da vida aos 17 ou 18 anos (myself included, now and then) e ninguém merece a estupidez do ensino superior brasileiro em tão tenra idade. Admiro os ingleses pela quase institucionalização do Gap Year (aliás, tirando os maus dentes, as barrigas de chopp e o mau cheiro no tube, acho que os caras meio que acertam em todo o resto) e gostaria que meu filho vagasse pelo mundo até o último centavo da poupança-viagem que ganhou de um sensato amigo meu quando nasceu, e de qualquer outra economia que tiver. Iran, Rússia, Yukon, Patagônia, Myanmar, voluntário do Peace Corps, instrutor de windsurf na Andaluzia –qualquer coisa interessante que retarde as chopadas no C.A. E se ao final de tudo isso ele quiser estudar oceanografia em Rio Grande ou arqueologia na Universidade do Cairo, tanto melhor. Mas se São Sebastião, protetor dos atletas, me conceder uma só graça, peço que ele seja o novo Björn Borg.
Laura
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ResponderExcluirnossa, Borg e a Faculdade de Oceanografia de Rio Grande são tão 70´s!! O SAQUE do Borg é que era tudo: e com raquete de madeira! A bola virava um bólido disforme que deslizava rasante na quadra do adversário!!!
ResponderExcluir"A venda da mercadoria força de trabalho será no século XXI tão promissora quanto a venda de carruagens de correio no século XX."
(Grupo Krisis – 'Manifesto contra o Trabalho' Ed. Conrad,coleção "Baderna")