Dia desses eu comprei um livro de contos de fadas para ler para o meu filho, já que existe um número limitado de histórias que consigo inventar sobre o Buzz, Woody (não o Allen), Ben 10, Pablo e companhia. A vendedora da livraria me garantiu que o livro escolhido era um dos mais apropriados. Fiquei momentaneamente satisfeita com a compra. Ontem a noite, depois de negociar uma história do Buzz v. uma do livro (never underestimate the power of persuasion of a two year old), comecei a ler em voz alta “A Pequena Sereia”, imaginando que o enredo seria mais ou menos parecido com o do filme. E eis que para o meu completo choque:
Prestaram atenção na parte em que a sereia opta por perder a voz e ficar manquitola? Mas não para por aí:
Logo que ela se liga que não vai rolar nada com o príncipe e que, portanto, vai virar sabão, suas irmãs aparecem para aconselhá-la a ASSASSINAR o príncipe. Já a sereia, incapaz de ir adiante com o crime passional, se contenta em pagar de Amélia por toda a eternidade. E fim. F-I-M. Tive que me controlar para não gritar WTF. Sem falar no Q&A “Mas por que, Mamãe?”.
A idéia aqui não é fazer qualquer tipo de discursinho –simpatizo zero com feministas ou axilas peludas em geral e tampouco acho viável tentar ensinar uma criança pequena a ser politicamente correta cantando “Não atirei o pau no gato” (criança precisa engolir alguns sapos e dar, e tomar, pedalas nos coleguinhas). Só peço um pouco de critério (e que agora o meu filho pare de dormir armando com a pistola do Buzz Lightyear). Ah, não vai rolar ganhar aquele patinete no Natal? Faz um trabalhinho e pague depois da graça alcançada. Não deu certo? Apunhale o seu irmãozinho. Ficou com peso na consciência? 50 auto-chibatadas on a daily basis will set you free. Bom senso, não publicamos.
Laura
Damn Victorians! :)
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